Resumo:
Os eletrônicos fazem parte da vida contemporânea e não teremos como privar nossos filhos de seu uso para sempre. Inclusive o tempo de reclusão vivido na pandemia nos mostrou a potência que os eletrônicos e mídias digitais tiveram para a continuidade de muitos empregos, escolas e outras demandas da sociedade. Fato que provavelmente teria sido impossível há 10 ou 20 anos.
O que você irá aprender?
- Como mediar a relação entre nossas crianças e os eletrônicos;
- Um malefício do uso exagerado de eletrônicos na infância;
- Como fazer o melhor uso dos eletrônicos com as crianças;
Os eletrônicos fazem parte da vida contemporânea e não teremos como privar nossos filhos de seu uso para sempre. Inclusive o tempo de reclusão vivido na pandemia nos mostrou a potência que os eletrônicos e mídias digitais tiveram para a continuidade de muitos empregos, escolas e outras demandas da sociedade. Fato que provavelmente teria sido impossível há 10 ou 20 anos. Entretanto, como saber se estamos exagerando na dose das telas? E como podemos mediar a relação entre nossas crianças e os eletrônicos.
Antes de mais nada temos que ter em mente que o uso excessivo dos eletrônicos traz uma série de malefícios para as crianças. E hoje gostaria de focar em um especificamente: a redução da criatividade. E por que isso acontece? A criatividade é fruto de nossa imaginação, que é rica e abundante na infância e se manifesta conforme os estímulos recebidos e processados pela criança. Quando estes estímulos são provenientes o tempo todo de telas, as crianças param de imaginar e passam apenas a reproduzir o que estão recebendo dos eletrônicos. Já reparou naquela criança que só brinca do que vê nos desenhos? Esta é uma das consequências mais fáceis de perceber que a criança está exposta há muito tempo nas telas. E, além de limitar o brincar, a redução da criatividade também fará com que no futuro seu filho seja menos inovador, tenha mais limitações para resolução de problemas, entre outras dificuldades, pois a criatividade é a base destas habilidades tão necessárias na vida adulta.
Quer fazer um melhor uso dos eletrônicos com as crianças? Então leve em consideração estes quatro pontos a seguir:
1) Tempo de exposição
Segundo a OMS e sociedades de pediatria, incluindo a Brasileira, existe um tempo indicado para cada faixa etária:
– de 0 a 2 anos: nenhuma exposição a qualquer tipo de eletrônico
– de 2 a 5 anos: no máximo 1hora por dia
– de 6 a 10 anos: entre 1 e 2 horas por dia
– de 11 a 18 anos: até 3 horas por dia.
Sempre com a supervisão e aprovação dos pais.
2) Tipo de eletrônico
Para as crianças menores (até 5 anos) os eletrônicos menos indicados são os portáteis como tablets e celulares, pois podem atrapalhar o desenvolvimento da coordenação motora fina.
3) Horário
Existem dois horários que são os piores: durante as refeições e depois das 18h. A criança que se alimenta com estímulo de telas não possui qualidade na alimentação, por exemplo, ingere alimentos de menor valor nutricional que podem desenvolver problemas com o peso, como a obesidade. Já utilizar a tela depois das 18h prejudica o sono, especialmente de crianças e adolescentes e, como consequência, o desempenho escolar.
4) Tipo de conteúdo
Os piores tipos de conteúdo são:
– Violentos: estimula a criança a ficar com os níveis de estresse mais altos e prejudicam a regulação emocional.
– Românticos/sensuais: podem fazer com que a criança fique mais propensa a comportamentos sexuais precoces na adolescência.
– Linguagens impróprias: a criança tende a ter um comportamento mais desrespeitoso com adultos e crianças na mesma faixa etária.
Lembre-se de que o exemplo ainda é o principal educador de uma criança. Como está o seu uso de eletrônicos em casa? Procure encontrar alternativas fora das telas para se conectar com as crianças. Jogos de cartas, conversas, livros, pintura, ficar de pernas para o ar no sofá. Tudo isso ampliará o repertório do seu filho e a relação de vocês crescerá ainda mais. A criatividade e o futuro do seu filho agradecem!
